Fatos e informações sobre o transporte marítimo na Baía de São Marcos (São Luís, MA), em especial de São Luís a Alcântara.
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Catamarã "Turismar" fica à deriva na baía de São Marcos
Nessa viagem Alcântara-São Luís, primeiro a vela do catamarã rasgou. Após tentarem amarrar e continuar viagem por duas vezes, acabamos viajando só com o motor, que estava parando seguidamente. No início as pessoas não estavam se dando conta da situação, mas depois a inquietação dos passageiros foi crescendo. Numa dessas paradas, ao tentarem o arranque novamente, o cabo do arranque arrebentou e ficamos à deriva no mar. A sorte é que já tínhamos passado da parte mais agitada e perigosa. Já estávamos próximo à praia da Guia. A preocupação foi geral na embarcação. Liguei para a Capitania dos Portos-MA um pouco nervoso e na esperança que mandassem resgate. Começaram a me pedir vários dados que achei desnecessário nessa situação (nome, endereço, telefone, RG, etc.) e disseram que a Capitania não tem embarcação para resgate e que primeiro os responsáveis pela embarcação é que teriam que tomar providências. Outro passageiro ligou já bem nervoso e então disseram que iriam ao cais ver se algum barco poderia ir fazer o resgate. O dono do barco Imperador, que na época era responsável pelo Turismar, disse que iria mandar o barco Imperador para fazer o reboque, mas este não apareceu. Um barco de pesca foi que nos rebocou com uma corda até próximo da praia da Ponta d’Areia, com muita dificuldade e após isso um outro catamarã (Netuno) levou os passageiros até a praia em duas viagens. Esse foi o maior sufoco que já passei nas minhas viagens e que não desejo a ninguém. Como sempre, a tripulação não dá nenhuma informação e não tem preparo para lidar com os passageiros nessas situações. Não nos instruíram a usar coletes. Não tranqüilizaram. Ficam as perguntas: Onde está a fiscalização da conservação das embarcações feita pela Capitania? Por que não é obrigatório toda embarcação portar dois motores? Por que não há um “kit” e preparo da tripulação para lidar com situações desse tipo? Um cabo de arranque sobressalente talvez resolvesse a situação. Por que não é obrigatório e cobrado pela tripulação o uso do colete salva-vidas, pelo menos por quem viaja no lado externo das embarcações?
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