terça-feira, 27 de setembro de 2011

Lancha Diamantina suspende viagens à Alcântara (O Imparcial)

A lancha Diamantina suspendeu viagem desde 21/09/2011 conforme podem confirmar em notícia no site do Imparcial:

http://www.oimparcial.com.br/app/noticia/urbano/2011/09/27/interna_urbano,94744/embarcacao-da-empresa-pericuma-suspende-viagens-a-alcantara.shtml

Ou em cache: (arquivo PDF)

A lancha Diamantina, que estava tendo paradas constantes, precisa ser trocada por outra ou no mínimo de uma reforma geral para oferecer serviços com qualidade e segurança, o que creio que não é interesse da empresa. Será que vão dar o mesmo destino que foi dado para a antiga lancha Bahia Star, que foi alugada para a Petrobrás? Isso mostra o descaso dos prestadores desse serviço com os usuários. Não há lei que regulamenta a permissão e concessão para exploração do serviço de transporte hidroviário no nosso estado? Onde está o poder público? Será que está do lado dos prestadores de serviço ou do povo? Essa travessia São Luís - Alcântara tem MUITOS problemas e merece uma reportagem completa da mídia local.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Acidentes no transporte aquático: Acaso ou Descaso?


Quando falamos de segurança e prevenção de acidentes, lembramos logo de manutenção, vistoria, treinamento e informação. As estatísticas afirmam que 40% dos acidentes ocorrem por negligência da manutenção que normalmente são reflexo do descaso dos proprietários dos objetos principais envolvidos no acidente, muitas vezes empresários que só se interessam pelo lucro. Fatos recentes não faltam para reforçar essa tese, como o acidente no parque de diversões (RJ, 14/08) e tombamento do bonde em Santa Teresa (RJ, 27/08).
Um artigo da revista Previdência e Seguros (http://www.aerodinamica.com.br/PORTUGUES/seguro.html) mostra estatística em que o transporte aquático ocupa o 2º lugar em número de óbitos por milhões de passageiros, atrás do transporte automobilístico (1º lugar) e seguido pelo transporte ferroviário (3º lugar) e transporte aéreo (4º lugar, e considerado transporte mais seguro do mundo).
No transporte aéreo, segundo o site planecrashinfo.com, 56% dos acidentes ocorrem por falha humana, 12% por condições climáticas e 20% por falhas mecânicas, que é um percentual que ainda assusta, visto que esse setor já prima pela falha zero no que diz respeito a máquinas, com investimento alto em programas de manutenção rígidos e fiscalização constante.
Na minha opinião o transporte aquático não difere muito do aéreo no que diz respeito ao risco de morte, pois o mar ou rio reduz as chances de sobrevivência, independente do tipo de acidente ocorrido, assim como a altitude. O que difere é apenas o cuidado com a manutenção. Se não fosse isso, a aviação estaria numa posição pior que a navegação nas estatísticas mostradas nos parágrafos anteriores.
Mas parece que as empresas e autoridades ainda não acordaram para essa realidade. O que vemos é que o transporte aquático na maioria dos casos ainda é tratado como algo “trivial”, muitas vezes executado por pessoas ou empresas que o tratam de forma rudimentar, sem preparo adequado e às vezes até mesmo sem autorização; ou então que os problemas que presenciamos são “comuns” e “fazem parte” da realidade do transporte aquático. Concordar com isso é entregar a vida ao acaso.